Exceção no RUF, direito é o único curso com duas universidades particulares no top 5
Unidades da FGV em São Paulo e no Rio se destacam em ranking liderado por USP e UFMG
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A área jurídica é exceção no pelotão de elite desta edição do RUF (Ranking Universitário Folha). Dentre os 40 cursos avaliados, 6 têm apenas uma instituição privada no top 5 —o direito é o único que tem duas (veja aqui os melhores cursos de direito).
Uma delas é a Escola de Direito de São Paulo, da FGV (Fundação Getulio Vargas), que continua na mesma terceira colocação que ocupava no RUF anterior, de 2019. A outra é a Escola de Direito do Rio de Janeiro, também da FGV, que avançou seis posições e chegou ao quinto lugar.
Os demais postos estão nas mãos das universidades públicas. A líder é a USP, cuja Faculdade de Direito foi a primeira a ser criada no país, em 11 de agosto de 1827 —junto com a Faculdade de Olinda, depois transferida para Recife e abrigada na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), hoje em oitavo lugar no ranking.
Repetindo a dobradinha de 2019, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aparece logo atrás da USP. Em quarto lugar está a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), num salto de quatro posições.
No top 10, o cenário é outro. Neste ano, 13 cursos (32,5% do total) têm instituições particulares entre as dez melhores, ainda que elas nunca apareçam na primeira ou na segunda colocação.
No direito, por exemplo, não há mais nenhuma faculdade privada no topo. A terceira a aparecer é a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), em 16º lugar.
Depois dela, em 25º, está a FDV-ES (Faculdade de Direito de Vitória), seguida pelo Mackenzie, em 29º, e pelo UniCuritiba (Centro Universitário Curitiba), em 30º.
Com apenas seis particulares entre as 30 primeiras, o direito contrasta com os cursos de propaganda e marketing, nos quais as faculdades públicas é que são minoria no top 20: apenas oito, ainda que cinco despontem no top 5.
O RUF avalia as graduações com o maior número de ingressantes no país, segundo o Censo da Educação Superior, com base em dois aspectos: ensino e mercado.
No caso do direito, o ensino responde por 44% da pontuação total, dos quais 20% decorrem da opinião de professores do ensino superior, de acordo com pesquisa Datafolha em todo o país.
Também pesam nesse quesito a nota média da universidade no Enade e os percentuais de docentes com doutorado ou mestrado e em regime de dedicação total ou parcial.
O mercado conta 18% para a classificação final e tem apenas um componente: uma pesquisa Datafolha sobre as preferências de empregadores na hora de contratar.
O terceiro fator que compõe os outros 38% da equação é o percentual de aprovados nos exames da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de 2019, 2020 e 2021.
A USP, também líder do ranking de universidades, é a primeira colocada nos três quesitos. Já a UFMG, que vem em seguida, é a segunda em ensino, mas terceira na aprovação da OAB e quarta em mercado.
Variações como essa são comuns no RUF. Terceira no ranking de direito, a FGV-SP é a terceira no tópico ensino, nona em aprovações na OAB e 22ª em mercado.
Os resultados também mostram a concentração regional das faculdades mais bem posicionadas no ranking. Entre as dez melhores públicas, cinco estão no Sudeste, três no Sul, uma no Centro-Oeste e uma no Nordeste. No top 10 das particulares, todas estão em estados do Sudeste e do Sul.