Exame da OAB é um dos critérios do RUF para avaliar cursos de direito
Veja o que muda na metodologia do Ranking Universitário Folha
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A oitava edição do RUF (Ranking Universitário Folha) traz uma avaliação inédita de todas as 197 universidades ativas brasileiras (públicas e privadas) e dos cursos oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda nacional, como medicina e direito.
As universidades são avaliadas a partir de cinco indicadores: qualidade do ensino, pesquisa científica, avaliação do mercado de trabalho, inovação e internacionalização.
Já em inovação, o número total de pedidos de patentes e a porcentagem de estudos em parceria com empresas fazem parte do cálculo.
Os dados são levantados diretamente pela Folha em bases de periódicos científicos nacionais e internacionais, no governo (Inpi e Inep-MEC) e em agências federais e estaduais de fomento à ciência.
Seguindo tendência global, o RUF também compila a opinião de empregadores e de docentes do ensino superior sobre as universidades do país. Isso é feito pelo Datafolha.
Até o ano passado, a pesquisa de opinião com professores era feita com os “avaliadores do MEC” — docentes credenciados pelo governo para avaliação oficial de instituições de ensino superior.
A lista atualizada, no entanto, deixou de ser fornecida pelo MEC à Folha. Assim, os entrevistados deste ano são avaliadores e ex-avaliadores do MEC, em uma amostra desenhada pela equipe do RUF.
A construção de uma base própria de professores a serem entrevistados foi uma das sugestões do Conselho Consultivo do RUF, composto por oito especialistas em ensino superior e em avaliação. O grupo se debruça sobre o RUF desde o ano passado.
Há outra novidade metodológica: o curso de direito, recordista nacional em alunos, agora tem avaliação própria.
No RUF, os cursos de graduação são avaliados a partir de critérios de mercado e de ensino — como qualificação do corpo docente e nota no Enade (exame oficial do MEC).
Em direito, também entra na conta a porcentagem de aprovados em relação aos que fizeram os exames da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de 2015, 2016 e 2017.
O RUF ainda não consegue analisar dados de evasão e de empregabilidade dos formados. A expectativa é que essa lacuna seja suprida nos próximos anos.