Metodologia do RUF considera 18 componentes para chegar à nota das universidades

Avaliação passa por mudanças nos quesitos ensino e mercado, com ampliação de cursos que pontuam

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São Paulo

A edição de 2023 do RUF (Ranking Universitário Folha) traz uma avaliação inédita de todas as 203 universidades ativas (públicas e privadas) e dos mais de 18 mil cursos presenciais oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda no país, como medicina, psicologia e direito.

São avaliadas mais de 2.200 instituições de ensino, entre universidades, centros universitários e faculdades. A metodologia atual, desenvolvida em 2012, avalia as universidades a partir de cinco indicadores: pesquisa científica, internacionalização, inovação, qualidade do ensino e avaliação do mercado de trabalho.

Praça de serviços do campus da Pampulha, da UFMG, em Belo Horizonte
Praça de serviços do campus da Pampulha, da UFMG, em Belo Horizonte - Foca Lisboa/UFMG/Divulgação

Ao todo, são 18 componentes, que, juntos, somam cem pontos. A mais bem classificada é a que recebe maior pontuação. A USP, por exemplo, primeira colocada na lista geral, atingiu 98,85; a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a segunda, ficou com 98,20 pontos.

Os dados que compõem os indicadores são levantados diretamente pela Folha em bases nacionais e internacionais de periódicos científicos, de patentes (INPI), do Inep-MEC (Censo da Educação Superior e Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e disponibilizados por agências estaduais e federais de fomento à ciência.

Dentre os componentes há duas pesquisas nacionais de opinião realizadas pelo Datafolha com empregadores e com professores. A partir desta edição, a iniciativa passa a ter uma base própria de professores especialistas, construída pela Folha, composta por avaliadores e ex-avaliadores do MEC e membros da Academia Brasileira de Ciências.

Os cursos de graduação são avaliados a partir de componentes de mercado e de ensino. Nos cursos de direito, são computados também os percentuais de aprovados em relação aos que fizeram o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Na nona edição, a metodologia foi aprimorada.

Uma das novidades é a mudança nos indicadores de mercado e de ensino. Agora, passam a pontuar nas pesquisas de opinião as instituições que receberam ao menos uma menção nos questionários com empregadores e professores feitos pelo Datafolha nas últimas três avaliações.

Anteriormente, a pontuação era calculada para instituições que tivessem ao menos três menções. Com isso, dobrou o número de cursos que pontuaram em relação às edições anteriores.

Outra mudança metodológica diz respeito à nota do Enade nos cursos avaliados. Para aqueles que não realizaram o exame, a nota foi estimada pelo valor mínimo entre as médias de instituições similares que ofertam as mesmas graduações.

O RUF traz também uma novidade na versão online. Agora, além da lista geral, há um ranking apenas das instituições públicas e outro das particulares.

Assim, torna-se possível, por exemplo, comparar o desempenho de uma instituição privada com outras do mesmo tipo —e o mesmo para as públicas. Essa ferramenta permite uma análise comparativa mais detalhada.

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