Levantamento muda contabilização de patentes e inclui mais especialistas
Metodologia considera os indicadores pesquisa científica, internacionalização, inovação, qualidade do ensino e avaliação do mercado de trabalho
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Na edição de 2024 do RUF (Ranking Universitário Folha), estão classificadas as 203 universidades brasileiras ativas (públicas e privadas) e os mais de 19 mil cursos presenciais oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda no país, como medicina, psicologia e direito. São avaliadas mais de 2.260 instituições de ensino, entre universidades, centros universitários e faculdades.
A metodologia atual, desenvolvida em 2012, avalia as universidades a partir de cinco indicadores: pesquisa científica, internacionalização, inovação, qualidade do ensino e avaliação do mercado de trabalho.
Ao todo, são 18 componentes, que, juntos, somam cem pontos. A mais bem classificada é a que recebe a maior pontuação. Os dados que compõem os indicadores são levantados diretamente pela Folha em bases nacionais e internacionais de periódicos científicos, de patentes (INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial), do Inep-MEC (Censo da Educação Superior e Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e disponibilizados por agências estaduais e federais de fomento à ciência.
Dentre os componentes há duas pesquisas nacionais de opinião realizadas pelo Datafolha com empregadores e com professores especialistas.
O RUF deste ano incorporou à base de professores especialistas os mais de 14 mil pesquisadores produtividade do CNPq. Na edição anterior, a base da Folha considerava apenas avaliadores, ex-avaliadores do MEC e membros da Academia Brasileira de Ciências. Com essa ampliação, o universo de professores especialistas ficou três v ezes maior em relação à edição anterior.
Na sua décima edição, o RUF apresenta mudanças metodológicas importantes no quesito inovação. Com peso de 4% na nota final, o indicador de inovação passou a contabilizar as patentes concedidas às universidades em substituição aos pedidos de patentes, mudança que atende ao crescimento do setor de inovação nas universidades brasileiras.
Em consonância com metodologias consolidadas de rankings internacionais, desde a primeira edição do RUF, em 2012, pretendia-se adotar o número de patentes concedidas em vez de pedidos de patentes. Naquela época, pouco mais de 10 universidades haviam conseguido obter patentes ao longo de uma década de análise (2001-2010). No RUF 2024, no período de análise, entre 2013 e 2022, esse número cresceu para 117 universidades. Esta mudança reflete uma evolução significativa no sistema de inovação do país.
Desde a edição de 2018, o indicador de inovação inclui também a quantidade de estudos acadêmicos publicados em colaboração com o setor produtivo.
Outra mudança metodológica diz respeito aos indicadores que medem a formação e dedicação do corpo docente das instituições de ensino superior. O RUF 2024 passa a considerar a média das três últimas edições do Censo da Educação Superior (2020, 2021 e 2022), não só a última disponível.
No RUF, os cursos de graduação são avaliados a partir de componentes de mercado e de ensino. Nos cursos de direito, são computados também os percentuais de aprovados em relação aos que fizeram os exames da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).