Realizado pela Folha desde 2012, o RUF (Ranking Universitário Folha), além de ajudar quem vai prestar vestibular para cursos de graduação a escolher a faculdade, tem sido fundamental para programas de residência médica e pós-graduação.
Luciana Digieri, vice-coordenadora geral da comissão de residência médica da Santa Casa de São Paulo, acredita que a boa colocação do curso de medicina no ranking —melhor curso privado do estado e quarta melhor escola médica particular do país— explica a alta concorrência pelas vagas de residência: em 2023, as 250 vagas foram disputadas por 5.300 candidatos.
O RUF também auxilia a instituição a selecionar os candidatos e, desde o ano passado, faz parte do edital do concurso.
"Hoje, ele é uma das réguas para a entrada do aluno na residência. Além da prova teórica, que representa 90% da nota, o candidato se submete a uma avaliação curricular, que não pode ser subjetiva. Por isso, nos baseamos nos dados do RUF", afirma Digieri.
Um dos dez critérios da avaliação é a instituição na qual o aluno fez a graduação —ganha mais pontos quem cursou uma das faculdades classificadas até a vigésima posição. "Pesquisamos vários rankings e concluímos que os critérios do RUF são os mais adequados para nós", explica.
A relevância do ranking também é reconhecida pelas universidades públicas. O processo seletivo de 2024 para residência na FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) usou o RUF como critério. Os resultados finais foram publicados em fevereiro deste ano.
Além disso, segundo Roger Chammas, professor da FMUSP e assessor da diretoria, o ranking é uma medida importante da reputação da universidade nos programas de pós-graduação e pesquisa.
"O RUF, diferente dos rankings que nos comparam com outras instituições, avalia nossa produção de pesquisa, o peso que damos à inovação, além de aspectos como internacionalização e mercado de trabalho. Trabalhamos para aumentar a empregabilidade dos nossos egressos, e o Datafolha nos ajuda nesse objetivo."
Para Chammas, a ênfase em pesquisa é a metodologia mais alinhada à missão da USP e ajuda a explicar a boa colocação da universidade no ranking. "Queremos ser um polo gerador de conhecimento e criar alunos críticos. Nossos propósitos são ensino, pesquisa e extensão com inovação, critérios usados no RUF."
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