Cinco universidades públicas do Brasil têm mais de 30 cursos cada uma entre as dez melhores posições nos rankings de cursos do RUF 2024.
A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) se destaca em 39 das 40 carreiras avaliadas pelo ranking. Já a USP (Universidade de São Paulo) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ficam bem colocadas em 38. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) aparece em 37, e a Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), em 34.
Dentre as instituições privadas, as PUCs se sobressaem. A PUCRS, no Rio Grande do Sul, aparece bem posicionada em 29 carreiras. A PUCPR, no Paraná, em 28; PUC-Rio, no Rio de Janeiro, em 26; PUC Minas, em Minas Gerais, em 25; e PUC-SP, em São Paulo, em 20.
Uma das carreiras em que a PUC-SP ficou bem colocada é psicologia —primeiro lugar entre as universidades privadas e sétimo no ranking geral. Claudinei Affonso, coordenador do curso, acredita que o reconhecimento vem do pioneirismo e tradição da universidade, que foi uma das primeiras do Brasil a oferecer a formação, em 1964.
"Há uma preocupação com a construção de uma visão crítica sobre as questões sociais, culturais e políticas que afetam o indivíduo e a sociedade. Os alunos aprendem a refletir sobre o papel do psicólogo no mundo", afirma Affonso.
Também estão no top 10 em mais de 20 carreiras a Universidade Vale do Rio Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, com destaque para o curso de arquitetura e urbanismo.
Um diferencial do curso do Mackenzie, segundo o coordenador Luiz Alberto Fresl Backheuse, é a carga de aulas no currículo, de 4.155 horas, que supera o total exigido pelo MEC (Ministério da Educação), de 3.600 horas.
Para ele, a colocação no RUF 2024 reflete os constantes esforços da comunidade acadêmica. "Nosso objetivo é devolver à sociedade profissionais bem preparados, não só tecnicamente, mas ética e criticamente", afirma.
Seis cursos da FGV (Fundação Getulio Vargas) se destacam nesses rankings: relações internacionais na unidade paulistana e administração de empresas no Rio de Janeiro, além de economia e direito, que ficam bem posicionados nos dois campi.
Para Antônio Freitas, pró-reitor de ensino, pesquisa e pós da FGV , o ambiente "agradável e desafiador" favorece o aprendizado.
Alguns dos diferenciais são o investimento em tecnologia, inovação e o incentivo à aplicação de conhecimentos.
Na Fundação Educacional Inaciana (FEI), que ficou entre as top 10 instituições de ensino nas carreiras de engenharia de controle e automação e engenharia mecânica, o diferencial é a proximidade com a indústria. Os campi ficam na capital paulista e em São Bernardo do Campo.
"Muitos de nossos docentes atuaram ou atuam em empresas, aliando formação acadêmica com o conhecimento real do mundo empresarial", afirma Sandro Vatanabe, chefe de departamento da engenharia mecânica.
Marcelo Pavanello, coordenador de engenharia de automação e controle, ressalta a importância das parcerias da instituição com o setor produtivo.
"A Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô, semestralmente traz um conjunto de desafios da empresa, para serem temas no desenvolvimento de trabalhos de conclusão de curso."
A Faculdade São Leopoldo Mandic (SLMandic), com unidades espalhadas pelo país, tem a melhor graduação em odontologia das universidades privadas.
De acordo com o coordenador Rui Brito, a grade curricular do curso é dinâmica e busca preparar profissionais para o mercado de trabalho do futuro.
"Estudos apontam que a odontologia muda muito a cada cinco anos. O nosso currículo é dinâmico e focado lá na frente, na época em que o estudante irá se formar", afirma ele.
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