Escolas na liderança do RUF concentram os bolsistas de mestrado e doutorado

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Os dados do novo RUF mostram que há forte correlação entre a política nacional de concessão de bolsas de pesquisa e a produtividade científica das principais universidades do país.

Com poucas exceções, as dez instituições no topo do RUF também são as que mais obtêm bolsas de mestrado, doutorado e outras modalidades dos órgãos federais de fomento à pesquisa.

É o caso da USP, primeira colocada no ranking de pesquisa e no montante de bolsas de estudo.

Em 2016, pesquisadores da universidade receberam R$ 209 milhões em bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), enquanto R$ 148 milhões foram destinados a bolsistas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A lógica por trás é simples: jovens bolsistas de mestrado e doutorado são os principais responsáveis pelo cotidiano da pesquisa científica.

"Se existe outro modelo além desse, eu desconheço", diz o físico Luiz Davidovich, presidente da ABC (Academia Brasileira de Ciências) e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio), segunda colocada entre as instituições que mais recebem essas bolsas.

São esses jovens que estão disponíveis para monitorar um experimento no laboratório de madrugada ou no fim de semana. E, principalmente, são eles que trazem novas ideias e arejam a maneira de pensar das equipes de pesquisa, segundo Davidovich.

O biofísico Jerson Lima Silva, professor da UFRJ e ex-diretor científico da Faperj, fundação de amparo à pesquisa do Rio, destaca o crescimento da participação dos bolsistas de pós-doutorado na produção científica brasileira nos últimos dez anos, embora mestrandos e doutorandos ainda sejam mais numerosos.

Segundo ele, a manutenção desses bolsistas foi responsável pela produção científica do Rio de Janeiro não ter sido comprometida totalmente nesses anos de crise.

O bioquímico Rafael Roesler, professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), terceira instituição a receber mais bolsas, calcula já ter orientado cerca de 30 mestrandos e por volta de 20 doutorandos ao longo de sua carreira. Entre 80% e 90% desses pesquisadores iniciantes eram bolsistas, estima ele.

Roesler, porém, destaca a importância das bolsas de iniciação científica, destinadas quase sempre a alunos que ainda estão cursando a graduação, como ferramenta para formar cientistas

Como é feito o ranking

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