Exame oficial do MEC é controverso, afirma reitor da USP

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Única universidade do país fora da avaliação de graduados oficial do MEC, o Enade, a USP afirmou que não deve participar do exame tão cedo.

Após um ensaio para entrar na prova, feito pela gestão anterior, de João Grandino Rodas (2010-2013), o atual reitor da USP, Marco Antonio Zago, anunciou que deve manter a USP de fora.

"O Enade é uma prova tecnicamente controversa. Os defeitos da prova já foram amplamente analisados no conselho da graduação [da universidade]", diz Zago.

Desde sua 2ª edição, o RUF conta a nota das universidades no Enade em um dos componentes do indicador que avalia qualidade de ensino, que vale quatro pontos. A USP zera nesse indicador.

Se tivesse os mesmos pontos da 1ª colocada do ranking no quesito do Enade no RUF –ou se tivesse a média nacional no exame–, a USP lideraria a listagem da Folha.

"O que a USP ganha ou perde ao participar do Enade? Nada. Não dependemos disso. É muito difícil convencer a universidade", diz o reitor.

Maria Inês Fini, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão federal responsável pelo Enade, diz que, com o exame, as universidades prestam contas sobre o nível de seu ensino. "A sociedade tem que conhecer o desempenho institucional e a qualidade da formação dos nossos jovens."

A USP assinou um acordo com o MEC em 2013, a partir do qual criou um projeto experimental para que seus alunos fizessem o Enade de forma voluntária por três anos. A nota do exame, no entanto, não é divulgada.
A ideia de Rodas era possibilitar a comparação dos cursos da USP com outros das demais universidades do país.

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USP EM NÚMEROS

59.081 alunos de graduação
300 cursos de graduação
6.090 professores
17.199 funcionários
R$ 6 milhões : gasto mensal com salários acima do permitido em 2015

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